Bitcoin sobe 1% e atinge US$ 112 mil novamente
Na manhã desta sexta-feira, 5 de setembro de 2025, o preço do Bitcoin (BTC) está em R$ 611.856,46, após uma leve alta de 1%. A valorização é resultado de uma luta intensa entre touros e urso, mas, apesar do aumento, a criptomoeda ainda se encontra 1,65% abaixo de sua média dos últimos 30 dias.
Por que o preço do Bitcoin subiu hoje?
A recente valorização do Bitcoin está ligada a uma série de fatores regulatórios e técnicos que estão renovando a confiança dos investidores. Uma das grandes novidades vem da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), que lançou o “Project Crypto”. Essa iniciativa visa modernizar as regras para ativos digitais, tratando de questões importantes como a custódia e a integração com o mercado de finanças descentralizadas. Essa mudança de postura da SEC, que passa de uma abordagem punitiva para a adoção de diretrizes estruturadas, ajuda a diminuir a percepção de risco no mercado.
Outro fator relevante é que a Coreia do Sul anunciou a criação de uma força-tarefa para regular ativos virtuais, especialmente as stablecoins. Essa abordagem pode fortalecer ainda mais o Bitcoin em seu papel como reserva de valor. A definição de regras para essas moedas digitais promete aumentar a confiança no setor, atraindo mais capital institucional.
As decisões finais devem ser divulgadas no quarto trimestre de 2025 e poderão acelerar a entrada de novos investimentos no mercado. Além disso, a crescente custódia institucional, com empresas como Anchorage Digital e Galaxy Digital já gerenciando mais de US$ 145 bilhões em Bitcoin, também contribui para essa alta.
Análise macroeconômica do Bitcoin
André Franco, CEO da Boost Research, destaca que a alta do Bitcoin também está relacionada ao desempenho positivo dos mercados asiáticos, especialmente em resposta à expectativa de cortes nas taxas de juros nos EUA. Os juros recuaram para seus menores níveis em quatro meses, o que fez o dólar ceder um pouco. Com isso, o ambiente está favorável ao apetite por risco, e o Bitcoin acaba se destacando nesse cenário.
Caso os dados sobre emprego nos Estados Unidos confirmem a desaceleração já esperada pelo mercado, o Bitcoin pode ganhar mais impulso, aumentando na faixa de US$ 113.000 a US$ 115.000.
Análise técnica do Bitcoin
Os analistas observam com atenção os dados que serão divulgados nesta sexta-feira, pois têm grande relevância para o cenário econômico. As expectativas indicam a criação de 75 mil novas vagas e um aumento na taxa de desemprego para 4,3%, o que pode influenciar as decisões do Federal Reserve em setembro. Um resultado abaixo do esperado favoreceria cortes na taxa de juros, tornando o ambiente ainda mais propício para investimentos em ativos de risco, como o Bitcoin.
Além disso, o Bitcoin demonstra resiliência, com uma queda de apenas 12% desde sua máxima histórica, bem abaixo da média de correções que temos visto nos últimos ciclos. Enquanto isso, o Ethereum enfrenta pressões de curto prazo, mas suas condições fundamentais permanecem favoráveis, com saldos em corretoras em níveis históricos baixos.
Movimentações no mercado de stablecoins
Paulo Aragão, fundador do podcast Giro Bitcoin, comenta que os fluxos de stablecoins estão crescendo. Historicamente, grandes entradas de USDT e USDC antes de eventos macroeconômicos funcionam como reservas que estarão prontas para serem aplicadas em Bitcoin e Ethereum. Isso mostra que os investidores estão se posicionando para aproveitar as oscilações futuras.
Com essas condições macroeconômicas se alinhando, muitos investidores estão atentos ao que pode acontecer nos próximos dias. É um momento de decisão para o mercado, que busca soluções e oportunidades.
Atualmente, o preço do Bitcoin é de R$ 611.856,46. Para quem está curioso, isso significa que R$ 1.000 compram aproximadamente 0,0016 BTC.
No dia, algumas das criptomoedas que mais se destacaram incluem o MemeCore (M) com alta de 40%, Pump.fun (PUMP) com 9% e Mantle (MNT) com 5%. Já as que mais caíram foram Ethena (ENA), Aave (AAVE) e Vaulta (A), que tiveram quedas de 5%, 4% e 3%, respectivamente.
O que é Bitcoin?
Para quem não está muito familiarizado, o Bitcoin (BTC) é uma moeda digital que circula e é transferida eletronicamente. É uma rede descentralizada, o que significa que ninguém a controla. Ao contrário das moedas tradicionais, o Bitcoin não pode ser impresso, e sua quantidade é limitada a 21 milhões.
Criado em 2009 por um programador anônimo conhecido como Satoshi Nakamoto, o Bitcoin é uma opção popular para aqueles que buscam independência de governos e bancos. Cada transação é registrada em um blockchain, um grande livro-razão público e distribuído, o que promove transparência.
Se algo for alterado em um bloco de transações, todos os blocos subsequentes também seriam afetados, tornando fraudes muito difíceis de esconder. Com um tempo médio de 10 minutos para minerar um novo bloco, a segurança é mantida.
A liberdade proporcionada pelo Bitcoin e sua resistência a intervenções externas são algumas das suas maiores vantagens. Sabe-se que seus usuários têm controle total sobre suas finanças, o que o torna uma opção atrativa para muitos.
Portanto, o Bitcoin continua a ser uma opção interessante no universo financeiro, refletindo mudanças e tendências que influenciam todo o setor.